01- Viva a vaia
Sérgio Ricardo influencia Kurt Cobain

Sérgio Ricardo construiu uma extensa carreira como cantor, compositor e cineasta, mas entrou para a história pela participação que teve na final do Festival da Record, em 1967. Sérgio tentava levar adiante a música “Beto Bom de Bola”, mas uma vaia fenomenal não o deixava sequer ouvir os instrumentos no palco. “Vocês ganharam! Vocês ganharam!”, ele gritou, antes de espatifar o violão num atabaque e lançá-lo ao público. No dia seguinte, o diário carioca Última Hora (espécie de Notícias Populares daquele tempo) vendeu feito água com a manchete “Violada na Platéia”. Mico clássico.

02- Tá com sede?
Garrafas de água na cabeça de Carlinhos Brown

No Rock In Rio de 2001, na noite do Guns N’Roses, Carlinhos Brown quase roubou a cena. Não precisou cantar “Água Mineral”, sucesso na Timbalada, para ver chover garrafas plásticas de tudo o que era lado. No começo o baiano tentou convencer o público a mudar de idéia, mas logo começou a bater de frente: cantarolou o hino nacional fazendo deboche como se empunhasse uma guitarra e recebeu mais chumbo grosso. Diferentemente de Lobão, que em 1991 foi expulso pelos fãs de Sepultura e Judas Priest, Brown resistiu até o final: “Podem jogar o que quiser, eu sou da paz e nada me atinge”.

03- Omelete heavy
Iron Maiden leva ovada

Durante a participação do Iron Maiden no Ozzfest (festival itinerante criado por Sharon Osbourne), em 2005, Bruce Dickinson espinafrou a organização por causa de ingressos vendidos para poltronas que deixavam os fãs longe do palco. No último show do Maiden naquela edição, Sharon foi à forra e apelou: contratou cerca de 200 pessoas para atirar ovos na banda, sabotou o PA e pôs uma “voz oculta” gritando o nome do marido a todo o momento. Bruce se defendia como podia, e a baixaria terminou com a expulsão da banda do palco, sob os gritos de Sharon, em carne e osso. Depois do final do show, claro.

04- Direto pra tumba
Funeral tira Max Cavalera do Sepultura

Era para ser o auge do Sepultura, então o grupo brasileiro de maior sucesso no exterior, no Monsters Of Rock, na Inglaterra, em 1996. Só que a notícia da morte de um enteado de Max Cavalera o fez voltar para os Estados Unidos junto com a mulher e empresária. Resultado: a banda tocou como um trio, com Andreas Kisser no vocal, e o fato simbolizou o início da briga que levou à saída definitiva de Max. Dá pra acreditar?

05- Apagão

Roger Waters, na Praça da Apoteose, em março, sofreu com a queda de energia. Ele saiu de fininho, e, na volta, culpou o púbico, em tom de brincadeira: “vocês cantaram tão alto que o som foi pelos ares”.

06- Boca seca

Elizabeth Fraser era uma moça afamada por soltar a etérea voz à frente do Cocteau Twins. No show que a banda fez no Rio, em 1991, no extinto Imperator, ela passou boa parte do tempo engolindo um creme e disfarçando gargarejos em pleno palco.

07- Olha a tosse

É verdade que Ian Gillan praticamente inventou o vocal agudo no rock, mas até quando continuar? Em 2005, no Claro Hall, no Rio, ele se esforçou, mas acabou tossindo no meio de vários falsetes. Xarope no tio!

08- Cronômetro quebrado
Palco cospe Lulu Pra fora

O tratamento diferenciado aos estrangeiros no Rock In Rio sempre foi polêmico, mas poucos se deram mal como Lulu Santos. Em 1985, o palco giratório tirou sua banda bem no meio da última música. Lulu seguiria a sina no Festival de Verão de Salvador, em 2005: incomodado com o som dos outros palcos, terminou o show no meio; e até no Domingão do Faustão, onde foi cortado no ar em 2003. E olha que ele via a vida melhor no futuro.

09- Fogo amigo
Incêndio diverte Axl Rose

Numa das noites em que tocou no final do ano passado em Los Angeles, o Guns N’Roses tomou um susto. Depois da cascata de fogo que cai sobe o palco durante “November Rain”, uma fagulha botou fogo na bateria, que logo ficou em chamas. A produção agiu rapidamente e tudo acabou bem, mas o esperto Axl Rose capitalizou: “Gostei disso, podemos fazer uma coisa bem ‘Spinal Tap’ e explodir o baterista”.

10- Código da operadora
Dinho agradece à empresa errada

Sem acreditar que estava tocando de novo o Morro da Urca, um dos berços do rock nacional, Dinho era a felicidade em pessoa. Na hora em que o público ergueu os celulares acesos, o vocalista do Capital Inicial não perdeu a deixa para fazer um jabá: “isso tá parecendo até comercial da Vivo”. Detalhe: o local, hoje, se chamasse “Oi Noites Cariocas”. Póin!

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