Fazendo História

Som alto, caloria baixa

Fora do palco, vocalista do Arch Enemy se preocupa com o peso. Materinha feita com Angela Gossow para a Revista Bizz, número 211, de março de 2007. Foto: Stephen Sticler/Divulgação.

angelaSe, ao ouvir falar de cantoras de heavy metal, você imagina uma mocinha de voz angelical trajando figurinos medievais, pode tirar o cavalinho da chuva. Essa não é a praia de Angela Gossow, a frontwoman do Arch Enemy. Quem acompanhou o show da banda em São Paulo pode ver como a louraça se impõe vomitando canivetes sobre a platéia. “Ouço metal o todo o tempo, amo death e thrash. Em casa só escuto Morbid Angel, Carcass, Slayer… Não curto nada de música pop”, dispara.

Angela é alemã e já cantou em três discos da banda sueca. O próximo está sendo gravado e deve consolidar de vez o Arch Enemy no cenário do metal extremo. O grupo, capitaneado por Michael Amott, que fez fama à frente do podrão Carcass, mistura os vocais sujos do death metal com a melodia do metal oitentista. “A voz dela é muito potente e contagiante, a banda se tornou mais forte”, se derrete o guitarrista. A vocalista fazia um bico como jornalista quando deixou uma fita demo de uma de suas bandas com Amott, que a convidou para o posto em 2001.

Angela leva uma vida normal. “Meu corpo é como um instrumento, é impossível ‘tocar’ sem estar bem”, acredita. “Não como demais, só frutas e legumes, e faço um pouco de esporte. Subindo no palco toda noite, não acho que ser gorda cairia bem”, justifica a esbelta vocalista, que é vegetariana e já fez análise para se livrar de seus demônios - não os do metal, claro. No Brasil, ensaiou o ralo português que aprendeu com o irmão ao responder a esta entrevista, com uma voz suave e rindo o tempo todo. Deixou as groaridades para o show.

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