Roger Waters se encontra com líder estudantil chilena
Conversa com Camila Vallejo aconteceu no estádio Nacional, onde começa, nesta sexta, dia 2, a perna sulamericana da turnê “The Wall”, que passa pelo Brasil no final de março. Foto: Reprodução/internet.
Roger Waters se reuniu, nesta quinta, com a líder do movimento estudantil chileno, Camila Vallejo. Waters está na capital Santiago desde a sexta passada, quando chegou da Nova Zelândia. O músico se prepara para estrear a perna sulamericana da turnê “The Wall”, amanhã (2/3); o show se repete no sábado. O encontro aconteceu antes de um dos ensaios gerais, no estádio Nacional, onde os espetáculos acontecem. A conversa durou mais de quatro horas, sendo duas à sós. As informações são da Folha on line.
Na última segunda, Roger Waters foi questionado, durante uma entrevista coletiva (leia aqui) sobre a relação dos recentes protestos estudantis no Chile e o conteúdo político do show, que exibe imagens de protestos em todo o mundo, em diversas épocas. Waters afirmou que os telões não irão exibir imagens dos estudantes chilenos. A expectativa é de que ainda hoje Roger Waters se encontre também com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, no palácio La Moneda, sede do governo chileno.
A turnê “The Wall” chega ao Brasil por em Porto Alegre, no estádio da Beira-Rio, no dia 25/3; passa pelo Rio de Janeiro, no estádio do Engenhão, dia 29/3; e tem em São Paulo, no estádio do Morumbi, duas apresentações, nos dias nos dias 1 e 3/4. Veja os detalhes de cada cidade nesse endereço.
Na turnê “The Wall” o ex-baixista do Pink Floyd toca pela primeira vez, ao vivo, no Brasil, a íntegra do álbum de mesmo título, grande clássico do grupo, lançado em 1979, e que ganhou as telas do cinema com o diretor Alan Parker. Para o show, Roger Waters desenvolveu imagens dinâmicas para ilustrar a história e as canções, à frente de um muro com mais de 137 metros de largura, que forma um telão.
Um dos grandes O momentos do show é o “Fallen Loved Ones”, quando fotografias e histórias de pessoas que perderam a vida em guerras, incluindo o pai de Waters, são apresentadas no telão. Entre os homenageados está o brasileiro Jean Charles de Menezes, morto no metrô de Londres em 2005.
A turnê norte-americana de “The Wall”, em 2010, foi a mais lucrativa em arenas fechadas nos Estados Unidos, arrecadando US$ 89,5 milhões de dólares em 56 shows. A perna europeia da turnê foi tão bem sucedida quanto à americana, com 64 shows realizados em 2011, incluindo as seis datas na O2 Arena, em Londres. Uma delas contou com a presença dos ex-membros do Pink Floyd, David Gilmour e Nick Mason.
Antes da atual turnê, “The Wall” foi realizado ao vivo pelo Pink Floyd apenas 29 vezes, entre 1980 e 1981, como parte de divulgação do álbum. Em julho de 1990, onde Roger Waters celebrou a queda do muro de Berlim em uma performance que atraiu quase meio milhão de fãs à Potsdamer Platz.
Esta é a terceira vez de Roger Waters no Brasil. Antes, ele se apresentou em 2002 e 2007 - veja como foi no Rio. Desde de setembro, toda a discografia do Pink Floyd foi relançada em ediçoes especiais - veja mais aqui.
Números do espetáculo
137 metros de largura por 11 de altura e 5,5 de profundidade é o tamanho da parede
424 tijolos, que serão reciclados após o uso, são utilizados
45 minutos é o tempo para construir o muro
12 pessoas da produção do artista e 8 pessoas das produções locais constroem o muro
27 motores elétricos
32 quilômetros de cabos elétricos, incluindo iluminação, som e potência
172 alto-falantes
23 projetores
9 metros é o diâmetro da tela circular
10 metros é a alturas dos bonecos infláveis
55 toneladas é o peso de todo o cenário
21 caminhões
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