Um público esimado em cerca de três mil pessoas desfalcou as atrações internacionais paralelas para curtir o show do Black Drawing Chalks, no Palco Alernativo do Lollapalooza, na tarde deste domingo. O grupo, o único da nova geração do rock independente nacional a entrar na esquizofrênica escalação doméstica do festival, mandou a síntese do som praticado em toda a sua intensa trajetória. Riffs, peso, solos e guitarras tresloucadas dominaram o set, que levou o público a investir em sequências intermináveis de body surfin’, moshes e outras peripécias.

Prestes a lançar um novo álbum, o grupo apresentou duas músicas novas. As duas são mais cadenciadas e melódicas, embora não haja perda do peso arrastado que caraceiza o BDC nesse tipo de “canção”. A entrada do guitarrista Edimar Filho, outra novidade no grupo, não realçou nem comprometeu, muito ao contrário. “Dizem que o Brasil está carente de rock, então vamos ajudar”, disse o vocalista/guitarrista Victor Rocha, que chegou a anunciar um momento “romântico” antes de tocar uma (quase) balada. Mas as preferidas do público revoltou foram “My Radio”, “I’m A Beast, I’m A Gun”, e “Big Deal”, que abriu o set em grande estilo.

Além do público que continua começa a encher o Jockey Club de verdade, numa noite em que os ingressos ainda não acabaram, é a chuva a próxima a chegar. As principais atrções do domingo são, pela ordem, Arctic Monkeys, Jane’s Addiction e MGMT.

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