Hell In Rio: Placar Rock em Geral
Sepultura, Korzus e a surpresa Almah fazem os melhores shows da edição de estreia do festival. Fotos: Nem Queiroz.
A estreia de um festival sempre gera preocupações e aquele toró que caía a menos de uma hora do início do Hell In Rio só aumentou a desconfiança. Mas a produção foi valente, o primeiro show começou no horário e não houve atrasos no sabadão.
O lugar, o Terreirão, no centro do Rio, é ótimo, espaçoso, com bom palco e estrutura própria, de modo que outros eventos precisam acontecer ali, com muita frequência. Talvez seja grande para um festival como o Hell In Rio, ou o Hell In Rio tenha que se adaptar melhor, sobretudo na curadoria.
Porque o local deve caber umas 20 mil pessoas, o festival foi calculado para 8 mil por dia, se esperava 4 mil após as vendas antecipadas e acabou registrando, segundo os produtores, o público total de 3 mil no sábado e de 4 mil no domingo. Ou seja, ou o local é grande demais para o festival, ou festival precisa crescer para seguir ali.
E crescer significa - repita-se - se adaptar a curadoria, de modo a trazer shows internacionais, que sejam realmente imperdíveis. Porque muitas das bandas escaladas nessa primeira edição tocaram recentemente ou vão tocar logo em seguida na cidade. E - sabemos todos - é cada vez mais difícil tirar as pessoas de casa.
De todo modo, é apenas a primeira edição, e, a despeito de problemas de som no palco durante os dois dias e de certa falta de informação de um modo geral, as coisas devem melhorar, sobretudo se o HIR seguir acontecendo com periodicidade definida em calendário e com antecedência nos trabalhos de divulgação.
Mas o que interessa aqui são os shows. Ou, por outra, sair canetando tudo o que é show. Foram 17 apresentações em dois dias, com destaque para Sepultura e Korzus, que dificilmente decepcionam, e o Almah, espécie de surpresa do festival.
De parte a parte, não teve praticamente nenhum show ruim, sendo que Project46, Matanza, Angra e Dead Fish também foram muito bem, e é sempre divertido ver as Velhas Virgens e mesmo essa versão canhestra do Garotos Podres, com o incansável Professor Mao.
Veja abaixo as notas para cada show, na ordem em que eles aconteceram, e clique nas notas para ler as resenhas completas:
Reckoning Hour: 7
Perception: 6
Dr. Mao: 7
Oitão: 7
Claustrofobia: 7
Hibria: 7
Dead Fish: 8
Almah: 9
Sepultura: 9
Hatefulmurder: 7
Eros: 5
John Wayne: 6
Project46: 8
Velhas Virgens: 7
Korzus: 9
Matanza: 8
Angra: 8
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